Suspensão da Poesia

No acaso do espaço,

rumino

no concreto

a nulidade das nuvens.

Caminho sem respostas

pela curva, cinético

-calcanhar de luzes-

A ventania sucumbe

sentidos plásticos

no ecossistema a ruir

silente.

Traços perduram

pelos bastonetes,

os cheiros conurbados

no súber da madrugada

pedem mistérios

de corpo.

A posse de questionamentos

e poesia no colágeno

da fala.

O turno espera, desgastado,

o soterramento do rosto,

pensamento iônico.

Dividida,

a nau da linguagem

pelas pegadas

do tempo

(gás nobre)

No poema,

a palavra floresce

alada.

Heitor de Lima
Enviado por Heitor de Lima em 14/07/2014
Reeditado em 10/11/2014
Código do texto: T4881987
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