Psicose
O mundo é uma lousa onde se pinta criatividade,
O homem a ficção que se finge de protagonista,
A verdade um argumento travestido de utopia
E, a vida, o tom artístico que caracteriza adereços.
Nos pincéis que dão forma ao enredo que se proclama
Há mãos que traduzem efeitos duma supra realidade,
O raciocínio do artesão tece ângulos bastardos e postiços
E a natureza é um cosmos impalpável do pensamento.
Divagam-se estertores indiferentes ao intelecto
Porque o sonho é tão somente uma possibilidade
Do ser ou do não ser, do estar ou do não estar...
São premissas alucinantes que vagueiam num espaço
Em que os traços não têm diretrizes, são anômalos
E aí se arquiteta a fotografia do que é a loucura!