Seca

Sou um eterno servo de mim,

Ronda-me uma inadimplência intelectual

Que me aprisiona os meteoritos da inspiração

E fico a galgar estresse no campus da consciência.

Estou ferido... Não consigo parir palavras

E na escassez de que me vejo vítima

Apenas enxergo réstias do que foi fantasia,

Pois, o vulto da eloquência diluiu-se...

Atormenta-me este Saara de reflexões,

Perante meu juízo sou nulidade de essência

E uma infinidade de pedregulhos ferem meus pés...

Minhas mãos acenam para o passado distante,

Preciso de resgatar o baú repleto de alegorias

A fim de que seja infinito o produto de minha arte!

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 08/07/2014
Código do texto: T4874767
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