SEREIOMEDUSO

Passa por mim passarinho

Não te enrede o torvelinho

Do meu cantar que mesquinho

Tenta afastar-te do ninho

Foge de mim sou recluso

Dos ardis que eterno uso

Prendo inocentes que abuso

Com meu torturar confuso

Prossegue em teu voo solto

Não deixe que eu te aprisione

Nesta cantilena insone

Que habita meu mar revolto...

(Comentando "Pássaro Cativo", de Ann Baudelaire).

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Stelo Queiroga
Enviado por Stelo Queiroga em 08/07/2014
Reeditado em 28/05/2024
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