Intuições do Destino.
Eu não sou Carlos.
Muito menos Pessoa.
O Fernando de Portugal.
Quem deveria admirar.
Uma ou outra poesia.
Acontece que não sou.
Eu mesmo.
Sequer o Edjar.
Edjar é o meu nome.
Mas não o fundamento.
Da minha hermética.
Gosto de Nietzsche.
Em diversos aspectos.
Schopenhauer em outros.
Admiro profundamente.
Feuerbach.
O mundo é o que é.
Graças suas reflexões.
Acho interessante Marx.
Do mesmo modo Kant.
Darwin e o neodarwinismo.
Poucos sábios construíram.
Algo de sábio a sociedade.
A maioria dos acadêmicos.
São papagaios de pirata.
O que eles falam.
Não tem significação epistemológica.
Muitos deles ocupam grandes cátedras.
Nas universidades.
Não leio os seus livros.
Mas tenho uma biblioteca diversa.
De seis mil e quinhentos livros.
Era maior.
Oito mil e quinhentos livros.
Como não gosto de lixo.
Queimei mais de dois mil livros.
Lamento profundamente.
Porque deveria ter usado esse dinheiro.
Para tomar sorvete.
Existem milhares de brasileiros.
Que se dizem importantes.
Jamais iria a uma conferência deles.
Mas alguns homens cultos.
Acho fascinantes.
Poucos.
Refiro ao mundo acadêmico.
A minha literatura.
Quase toda é europeia.
Mesmo assim selecionada.
Já ganhei diversos livros de autores.
Brasileiros.
Aceitava por educação.
Ao voltar para casa.
Jogava fora.
Vocês não fazem ideia.
Quantas pessoas.
Que o povo brasileiro.
Julga inteligente.
Quanto a mim.
Coloco fogo em seus livros.
Por entender como lixo acadêmico.
Por favor.
Não entenda como petulância da minha parte.
E como ligar a TV e ver certos programas desqualificados.
Mudo o canal imediatamente.
Se não encontrar o que me satisfaça.
E vou ler alguns livros.
Os quais são interessantes.
O mundo é quase sempre a difusão.
De coisas.
Sem significados.
Ideologia de domínio dos fortes.
Contra os fracos.
A literatura em diversas disciplinas.
Tem exatamente tal perspectiva para enganar.
Os que não conseguem a virtude do discernimento.
Autor: Edjar Dias de Vasconcelos.