INFÃNCIA

INFÃNCIA

Sinto-me mergulhar num poço de saudade,

e sem luta me entrego a essa angústia sem nome,

a esse louco buscar que toda me consome,

de querer reviver um passado, uma idade...

Oh fugaz esperança! A dura realidade

sem deter meu pensar ou decisões que eu tome,

do desejo esquecer, não me reduz a fome

de outra vez conviver com a simplicidade

de uma vida feliz, sem cuidados: a infância,

seus jogos pueris, seus cânticos, labores

tão fáceis de cumprir; a mágica abundância

de cuidados, carinhos, os paternais louvores,

o materno afagar de perene constância,

singelo verdejar sem penas e clamores!

hortencia de alencar pereira lima
Enviado por hortencia de alencar pereira lima em 03/07/2014
Código do texto: T4867997
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