Doidice Humana
Por Carlos Sena
Não busque na vida definição
tampouco objetividade busque.
Viver é misterioso por demais,
instigante por demais,
mas não há truque...
Por isso da vida busque
ser feliz por nada
fazendo domingo na segunda-feira,
conversando fiado,
conversando mole ou
miolo de pote, asneira.
A vida é mote
é bote cheio de muito destino e pouca sorte.
Por isso adote:
Uma pouca de vento num frasco
Um fio de esperança numa caixa de talco,
um naco de fé no baú do coração...
A vida é, como vês, mistérios, senão.
Como mistérios nos eterniza pela dor
Como senão nos inferniza no amor...
(Por isso na vida busque ser feliz por nada:
fazendo domingo na segunda-feira,
conversando fiado
conversando mole, miolo de pote, asneira.)
Amanhã é segunda-feira e
da terça não se espere mágica.
Porque na quarta-feira há mistérios
E na quinta pintam novos desidérios.
Na sexta?
A vida vira balaio de frutas verdes e maduras
porque no sábado não haverá cura:
a doidice humana continua!
Abra a porta vá pra rua ver a chuva
que no domingo a viúva casa e
a vida segue qual passarinho sem asa
claudicando da esperança seu batom
ensinando-nos, pobres mortais,
a lavar nossos pecados na chuva
a botar a mão na luva do saber,
a não querer ser nada
posto ser a vida
um eterno vir a ser.
Por Carlos Sena
Não busque na vida definição
tampouco objetividade busque.
Viver é misterioso por demais,
instigante por demais,
mas não há truque...
Por isso da vida busque
ser feliz por nada
fazendo domingo na segunda-feira,
conversando fiado,
conversando mole ou
miolo de pote, asneira.
A vida é mote
é bote cheio de muito destino e pouca sorte.
Por isso adote:
Uma pouca de vento num frasco
Um fio de esperança numa caixa de talco,
um naco de fé no baú do coração...
A vida é, como vês, mistérios, senão.
Como mistérios nos eterniza pela dor
Como senão nos inferniza no amor...
(Por isso na vida busque ser feliz por nada:
fazendo domingo na segunda-feira,
conversando fiado
conversando mole, miolo de pote, asneira.)
Amanhã é segunda-feira e
da terça não se espere mágica.
Porque na quarta-feira há mistérios
E na quinta pintam novos desidérios.
Na sexta?
A vida vira balaio de frutas verdes e maduras
porque no sábado não haverá cura:
a doidice humana continua!
Abra a porta vá pra rua ver a chuva
que no domingo a viúva casa e
a vida segue qual passarinho sem asa
claudicando da esperança seu batom
ensinando-nos, pobres mortais,
a lavar nossos pecados na chuva
a botar a mão na luva do saber,
a não querer ser nada
posto ser a vida
um eterno vir a ser.