Relatividades

Branco ou preto,

Verde ou vermelho,

Tanto faz para mim.

Só o azul do mar infinito,

Me acalma os sentidos.

Só os horizontes longínquos,

Me enchem a alma.

Esta ou aquela,

Loira ou morena,

Tanto faz para mim.

São adorno de festa,

À porta da minha ermida.

Só as loucas proscritas,

Me cativam o coração,

Nostálgico do seu olhar,

Perdido e vago tardio.

Deuses à escolha,

Árbitro ou vilão sádico,

Tanto faz para mim,

Só a perenidade da morte,

E a estética inusitada,

Me envolvem o ser,

No todo existencialista.

Só a bonança da irrelevância,

Me inunda de paz o discernimento.

Lx, 19-6-2010

Paulo Gil
Enviado por Paulo Gil em 27/06/2014
Código do texto: T4861318
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