Relatividades
Branco ou preto,
Verde ou vermelho,
Tanto faz para mim.
Só o azul do mar infinito,
Me acalma os sentidos.
Só os horizontes longínquos,
Me enchem a alma.
Esta ou aquela,
Loira ou morena,
Tanto faz para mim.
São adorno de festa,
À porta da minha ermida.
Só as loucas proscritas,
Me cativam o coração,
Nostálgico do seu olhar,
Perdido e vago tardio.
Deuses à escolha,
Árbitro ou vilão sádico,
Tanto faz para mim,
Só a perenidade da morte,
E a estética inusitada,
Me envolvem o ser,
No todo existencialista.
Só a bonança da irrelevância,
Me inunda de paz o discernimento.
Lx, 19-6-2010