Pesadelos
O Cosmos ousou sonhar,
Encarnou o Homem,
Em pesadelo se tornou,
À consciência largada.
Eu cidadão do Mundo,
Feito de Estrelas a estrear,
Percorro o caminho,
Esbatido ao luar,
Onde as sombras,
Abordam o meu passar,
Largando estridentes uivos,
De pesar.
Ladeiam-me constantes,
Vomitam jactos de fogo,
Das entranhas infernais,
O caminho em ponto de fuga,
A estrada da vida empinada.
Noite cerrada e escura,
As cores perdidas em parte incerta,
Ofegante percorro desalmado,
Este labirinto malfadado.
Ansioso pelo acordar,
Luminoso dum raio de Sol,
Por mim encarnado.
Lx, 7-3-2010