A cada compasso

A cada compasso de dança

Guarda-se a esperança

De sobreviver

A tempo da roda humana

Acabar sua valsa.

Não há motivos, não há

Soluções cabíveis,

Dentro da cantiga da

Mesmice!

Há sempre um alvo

Uma seta para desmoronar

E esvaziar o existir.

A bordo de um barco

Naufragado,

Nas ilhas recheadas de

Flagelos vazios...

A gélida água queimando...

Luzes refletidas nos

Marejados olhos,

Gotículas resvalam pela face

Submersa na negritude do

Momento.

Nem um “viratempo” suportaria

À velocidade dos ventos.

Isolada neste contraste

Da vida; afastada...

Xeques- Mates,

Um seguido do outro,

Vencendo-me.

Devastadores dias, devastadoras

Noites.

Dores externas; internas.

Fatigados de tanta

Hipocrisia,

Assim transcorrem os

Dias.

Camila de Bairros.

2008.

de Bairros
Enviado por de Bairros em 24/06/2014
Código do texto: T4856769
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