Meus Quixotes (Desenterrando coisas velhas)

Caríssima Dulcinéia, diga-me que não são moinhos os meus gigantes

Que ainda não está morta a Cavalaria Andante

E que os ignóbeis nigromantes não mais irão me enfeitiçar

Diga-me que ao final destas batalhas encontrar-me-ei em seus afagos

Que teus beijos ser-me-ão o bálsamo sagrado

E que ainda vale a pena sonhar

Oh, singular princesa, não me tenhas como insano

Se nestes prélios, infindas cicatrizes ganho

Sinto-me feliz, pois este caminho conduzir-me-á ao que tenho como glória

De nada me valeriam riquezas, castelos e tesouros

Agora que os encantos da lua cheia direcionam-se unicamente aos meus sonhos

E fazem-me perceber que viver meus ideais é o verdadeiro significado de vitória

Fábio de Paula
Enviado por Fábio de Paula em 16/06/2014
Código do texto: T4847272
Classificação de conteúdo: seguro