Meus Quixotes (Desenterrando coisas velhas)
Caríssima Dulcinéia, diga-me que não são moinhos os meus gigantes
Que ainda não está morta a Cavalaria Andante
E que os ignóbeis nigromantes não mais irão me enfeitiçar
Diga-me que ao final destas batalhas encontrar-me-ei em seus afagos
Que teus beijos ser-me-ão o bálsamo sagrado
E que ainda vale a pena sonhar
Oh, singular princesa, não me tenhas como insano
Se nestes prélios, infindas cicatrizes ganho
Sinto-me feliz, pois este caminho conduzir-me-á ao que tenho como glória
De nada me valeriam riquezas, castelos e tesouros
Agora que os encantos da lua cheia direcionam-se unicamente aos meus sonhos
E fazem-me perceber que viver meus ideais é o verdadeiro significado de vitória