ALGUÉM COMO TANTOS

Sou autor e também obra,

versos que falam de mim.

Rima infeliz que me cobra,

luz no escuro sem fim.

Desilusão e esperança,

sou criador, criatura.

Homem, jeito de criança,

sorrio com amargura.

Vivo recluso, alma voa,

busca um alguém para amar.

Sou rude e choro à toa,

navego longe do mar.

Enfim, alguém como tantos,

meio Poeta e vilão.

No corpo, desejos santos,

sou cópia de um coração.

Téo Diniz
Enviado por Téo Diniz em 14/06/2014
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