OBRA PROIBIDA
Fruto de amor clandestino,
semente vingada ao acaso,
indesejável menino,
sofri na pele o descaso.
Cresci, pois não houve outro jeito,
sozinho enfrentei a parada.
Como todos, não sou perfeito
mas trago a alma encantada.
Desde guri, um Poeta,
traduzi, em rimas, a vida.
Na cama, quase um atleta,
fora dela, obra proibida.
Persigo a meta que tracei,
comigo, o dom de iludir.
Das minhas palavras, sou lei.
Em cena, posso até mentir.