Crise poética

Deixo minhas crises para a poesia.

Onde posso ser eu sem agonia.

Deixo minha alegria para os versos.

Pois, me aceitam sem rancor.

Deixo a integridade para as palavras porque elas nunca me faltam.

E não preciso contar o que restou.

Penso, que só me restam meus versos neste mundo louco.

Eles não me atingem, não me ferem. Não tem pressa. Não tem sufoco.

Eles não esperam nada de mim, apenas que eu os apresente

E de alegrias de enchem somente por existir.