RASCUNHO DE MINHA EXISTÊNCIA
RASCUNHO DE MINHA EXISTÊNCIA
Eu queria romper a cortina do tempo
E rasgar o véu da hipocrisia,
Substantivar meus sonhos perenes,
Adjetivando no superlativo sintético,
As virtudes, se por acaso as tenho.
Eu queria burlar as normas existentes,
Escondê-las sob o manto do segredo,
Toda minha imensurável agonia!
Extirpando as visagens de meu medo.
Eu queria fugir deste mundo patético,
Escondendo -me nas trincheiras da alegria,
Mergulhar nas ondas da ilusão!
E ir brincar no jardim da fantasia,
Ah, isso como eu queria......
Eu queria que chovesse à cântaro,
Lavando a tristeza de minh’alma!
Agora que já caminho tropeçando,
No crepúsculo de minha existência!
Já não posso perder, mas minha calma.
Gostaria de ver, com os olhos do otimismo,
A via férrea de minha consciência.
Eu queria semear esperança com abundância,
Não na Terra, mas no espaço sideral!
E viajar no trem do saudosismo,
Ressuscitando as esperanças perdidas,
Debruçado no alpendre do quintal.
Belém/PA, 00:50h, do dia 07 de junho de 2014.
Samuel Alencar da Silva