O Hóspede

Entre,

Sempre sente o sinta

Veja ou seja a sina

E se lhe anima, tente

Coma,

Descanse a sombra, a sobra

Tua fama é tua fome

De nada muda a sobra no prato, na prática

A gula desesperada do homem

Descanse,

Cante um canto, um conto,

Dance um tango sozinho,

E Deslize no azulejo

Sensível ao toque dos desejos que tua mão desenha

Se encante com o reencontro,

E se espante.

Levante,

Liberte as palavras que cortinam sua voz

Seja um pouco de você, seja um pouco de mim

Seja um pouco de nós a sós

Minha porta à parte faz parte

Do destrave, da tarde

Do aceno, dos pôr- dos- sois

Siga

Segure a viga do tempo sobre os ombros

Sublinhe o rascunho dos seus desencontros

E desinteressadamente volte mais pra perto

Pretenda ser de algo correto, mesmo que seja incerto

Mais se insira discreto no sonho de alguém

Alugue um coração e viva bem,

E volte quando quiser sorrir sem ninguém em volta

Pois a volta, só a gente sabe onde acaba

Em exatos dias, minutos, segundos e hora

Felipe de Oliveira Ramos
Enviado por Felipe de Oliveira Ramos em 05/06/2014
Código do texto: T4833397
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