EM BUSCA DO SI
Dormência nesses dias tão estranhos
Latencia de valores e atenção
Eis que agora mostra a verdadeira face
Há uma mistura nos sentimentos de vibrações tão negativos
Raiva, tristeza, pensamentos que tomam por si e expressam o formato da mágoa.
Estima arraigada de cicatrizes
Mera expectadora da vida
A qual burla todo resquício de esperança
Olha-se ao lado em gritos de martírio pela solidão imposta
Levanta-te e estende teu braço ceifado
Nesse ultimo desespero
Degusta esse sabor amargo e desprezível
Destina tuas provações e mistura as alheias
O desamor prepondera
Não há cuidado
Muito menos bem querer emaranhado
Neste derradeiro apego que se imaginava ter
És criador do teu mundo
Cada tijolo em um castelo encantadode tua realidade
És doce criança que quer aportar nesse ultimo suspiro de amor próprio
Vai de longe, na imensidão azul da melancolia
Retrata tua volta
E rasga tuas vestes tão maltrapilhas de descaso consigo mesmo
E ao aportar daquele filete de luz que te resta e teimar vir
Agarra-se no caminho que quer te conduzir
Apaixone-se por si mesmo
É esta senha a qual segues tão machucado