EM BUSCA DO SI

Dormência nesses dias tão estranhos

Latencia de valores e atenção

Eis que agora mostra a verdadeira face

Há uma mistura nos sentimentos de vibrações tão negativos

Raiva, tristeza, pensamentos que tomam por si e expressam o formato da mágoa.

Estima arraigada de cicatrizes

Mera expectadora da vida

A qual burla todo resquício de esperança

Olha-se ao lado em gritos de martírio pela solidão imposta

Levanta-te e estende teu braço ceifado

Nesse ultimo desespero

Degusta esse sabor amargo e desprezível

Destina tuas provações e mistura as alheias

O desamor prepondera

Não há cuidado

Muito menos bem querer emaranhado

Neste derradeiro apego que se imaginava ter

És criador do teu mundo

Cada tijolo em um castelo encantadode tua realidade

És doce criança que quer aportar nesse ultimo suspiro de amor próprio

Vai de longe, na imensidão azul da melancolia

Retrata tua volta

E rasga tuas vestes tão maltrapilhas de descaso consigo mesmo

E ao aportar daquele filete de luz que te resta e teimar vir

Agarra-se no caminho que quer te conduzir

Apaixone-se por si mesmo

É esta senha a qual segues tão machucado

Lindbergh Afonso
Enviado por Lindbergh Afonso em 04/06/2014
Código do texto: T4832155
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