A intuição de um desejo.

A intuição de um desejo.

Tudo que quero.

É uma coisa.

Essa coisa é um segredo.

Propedêutico.

Intuicionista.

Revelado apenas a mim mesmo.

Só a minha intimidade.

Pode saber o que desejo.

Essa coisa que quero.

Muito significativa.

Bem ou mal.

Sempre consigo tal coisa.

Prolegômena.

Que busco e me faz bem.

Essa coisa desejada.

Sonhada.

Certa mimese.

Procurada eternamente.

Por mim.

É apenas uma metáfora.

Qual é o significado.

Da sua alusão.

Nietzschianiana.

A não ser uma grande curiosidade.

Mas ao conseguir o que quero.

Sinto como se fosse um deus.

Fico leve.

Delirante.

Apofanticamente.

A vossa peremptoriedade.

A coisa que me fascina.

É também ideológica.

Minha razão é cognitiva.

Não instrumental.

Mas a coisa que procuro.

É uma acepção instrumental.

Empírica.

Porém, epistemológica.

É tão bom sonhar e imaginar.

A possibilidade.

Hilética a coisa que procuro.

Tão natural ao mundo da hermenêutica.

Comum ao epicurismo moderno.

O significado heteronímico.

Da coisa que desejo.

Um sonho indelével.

Um mistério hiperbólico.

O eudemonismo dialético.

Nada além desse magnífico desejo.

Tanto faz ser como não ser.

A coisa tem nela mesma seu significado.

Poético.

É como as montanhas que escondem.

As pedras.

Motivo pelo qual o caminho é torto.

A proposição axiomática da significação.

Quero eternamente essa coisa que procuro.

Simplória ao mundo comum.

Mas metafisicamente imbuída.

Pelo espírito do agnosticismo.

Essa coisa que sonho e procuro.

Corresponde a etimologia da alétheia grega.

Não está oculta.

Mas é de certo modo hermeticamente.

Incompreensível.

A proposição.

Abdução da sua natureza.

A metade do mundo é essa coisa.

Que procuro.

Sonho e desejo.

O restante é a negação a fortiori dela.

O arquétipo da imaginação.

O momento heteronômico imprescindível.

Um segredo sussurrado morfologicamente.

Na heurística dos sonhos.

Da única coisa que quero nesse mundo.

Nem mesmo o tempo entenderá a fluência.

Da vontade dessa coisa procurada.

Do inexaurível desejo.

Da única coisa que quero.

Nesse mundo indescritível dos sonhos.

Autor: Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 02/06/2014
Código do texto: T4829083
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