Vida de Ancião

É verdade que ando meio trôpego,

Mas dispenso o auxílio da bengala,

Cheguei ao mundo nu, sem nada,

Não há razão para ser meio lôbrego.

Devagar vou singrando meu destino,

A idade é um presente terno da vida

Que o tempo tece de forma urdida

Como medida dos anos sem arrimo.

Rugas, cabelos grisalhos... são enfeites

Que me adornam e servem de deleite

Ao anfiteatro da imensidão mundana...

Mesmo idoso tenho o que aprender,

O que guardo no íntimo é o dever

Que o próximo de mim deveras reclama!

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 01/06/2014
Código do texto: T4828995
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