POETA NÃO APOSENTA
O dia vai sendo empurrado lentamente
Pelos ponteiros do relógio:
Tic-tac, tic-tac, tic-tac, tic-tac,...
Sobe, desce, desce, sobe,...
O dia hoje está longo,
E meu Espírito lânguido
Sorve cada segundo,
Com o prazer de nada fazer
Em plena Segunda!
Adeus “trabalho forçado”,
Quando não havia Domingo nem feriado!
Hoje, dou as cartas,
Se quiser, folgo nos domingos, nas quartas,...
Eu mereço,
A vida cobrou-me um bom preço,
E ainda hoje pago: como posso!
Sou aposentado do emprego,
Não do trabalho...
Que poeta não aposenta!
E, com a poesia, não falho!