ANTÍTESE

Senhores deuses,

Senhoras deusas,

Quero de volta minha vida,

Que vida?

Sabem que não sei?...

Antes era apenas

Vida vivida;

Hoje, parece-me

Vida sofrida.

Mas, em meu cerne

Sofrido, não há sonho,

Sinto-o preso.

Parece-me que vida

Mais não há

Porém, sei haver.

Que antítese é essa?

Há ou não há?

Quisera resposta,

Quisera solução,

Quisera VIDA;

Mesmo sem que a sinta.

Que vida é essa?

Que poço de antíteses sou eu?

Indescritível, indecifrável ou “invivível”?

Sei não... Sei nada de nada.

Sei apenas que da vida

A vida quero

E tudo é tão oblíquo.

LAUDICÉRIA VERARDO
Enviado por LAUDICÉRIA VERARDO em 28/05/2014
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