ANTÍTESE
Senhores deuses,
Senhoras deusas,
Quero de volta minha vida,
Que vida?
Sabem que não sei?...
Antes era apenas
Vida vivida;
Hoje, parece-me
Vida sofrida.
Mas, em meu cerne
Sofrido, não há sonho,
Sinto-o preso.
Parece-me que vida
Mais não há
Porém, sei haver.
Que antítese é essa?
Há ou não há?
Quisera resposta,
Quisera solução,
Quisera VIDA;
Mesmo sem que a sinta.
Que vida é essa?
Que poço de antíteses sou eu?
Indescritível, indecifrável ou “invivível”?
Sei não... Sei nada de nada.
Sei apenas que da vida
A vida quero
E tudo é tão oblíquo.