Os Amanheceres dos Silêncios.

Os Amanheceres dos Silêncios.

Não compreendo o silêncio.

Dos amanheceres.

Quando o sol brilha.

No infinito sinto a plena luz.

Turvam-se os meus olhos.

O coração emociona.

Quando entardece.

Fascina ao encanto.

A minha lógica racional.

Pergunto a intimidade.

E não sei responder.

Qual a natureza desse mundo.

Mas percebo intuitivamente.

O fundamento da sua essencialidade.

Fico perplexo.

Com seus segredos.

As vossas ideologias indeléveis.

Às vezes tenho medo.

Sei o futuro da posterioridade.

Os significados das concatenações.

Indefiníveis.

Entendo a subtilidade do princípio.

Às vezes tenho vontade de chorar.

No entanto, sei da inutilidade das lágrimas.

O infrutífero sorriso.

Olho para o espaço e procuro imaginar.

A qualificação dos universos contínuos.

Percebo a indefinição da lonjura.

Compreendo o tempo inatingível.

As cores inexplicáveis das flores.

A desconexão da realidade.

O significado da força.

O olhar inexistente perdido.

Nas imensidões incomensuráveis.

Posso apenas entender.

A dimensão da existencialidade.

Perplexo pelos corredores vazios.

Segregados as variações improcedentes.

Se perguntar quem sou eu?

A resposta é imponderável.

Sei apenas que estou ligado.

A todas as origens.

E também sou as mesmas.

Se alguém tocar no vento.

Atingirá o meu micro cosmo.

Menor que um grão de areia.

Do tamanho de um átomo.

Se me atingir,

Tocará em uma constelação.

Das mais belas estrelas.

O céu inteiro ficará furioso.

Entretanto, fora dessa lógica.

Sou apenas a representação do vazio.

Da escuridão imensa que perpassará.

A minha pobre existência.

Como se um dia tal descrição.

Não tivesse existido.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 26/05/2014
Código do texto: T4821196
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