Conflitos Sem Armas
Enquanto sentia
A água do chuveiro
Cair e escorregar
Sobre minha pele,
Meus pecados derretiam-se aos poucos
Minha mente encheu-se,
Pensamentos a fio invadiram-me,
Como se aquele singelo barulho,
De cada pingo espatifando-se no chão,
Fosse uma canção
Feita a medida de meus pensamentos,
Servindo-me de meditação!
Estarreceu-me grande sensação de fracasso.
Meus erros quentinhos, pesaram,culpando-me.
Gritaram a meus ouvidos, em dado momento,
De dentro pra fora:
___ Você é tola, cadê sua sabedoria?
E aqueles gritos calavam-se aos poucos,
Descendo ralo abaixo.
Quando aquela melodia ainda me invadia,
Tímpanos a dentro,
Limpando-me... Minh'alma!
E, findo-me, pedindo-te perdão...
Me convencendo a ser perdoada!
E dando-me o perdão de mim mesma!