Conflitos Sem Armas

Enquanto sentia

A água do chuveiro

Cair e escorregar

Sobre minha pele,

Meus pecados derretiam-se aos poucos

Minha mente encheu-se,

Pensamentos a fio invadiram-me,

Como se aquele singelo barulho,

De cada pingo espatifando-se no chão,

Fosse uma canção

Feita a medida de meus pensamentos,

Servindo-me de meditação!

Estarreceu-me grande sensação de fracasso.

Meus erros quentinhos, pesaram,culpando-me.

Gritaram a meus ouvidos, em dado momento,

De dentro pra fora:

___ Você é tola, cadê sua sabedoria?

E aqueles gritos calavam-se aos poucos,

Descendo ralo abaixo.

Quando aquela melodia ainda me invadia,

Tímpanos a dentro,

Limpando-me... Minh'alma!

E, findo-me, pedindo-te perdão...

Me convencendo a ser perdoada!

E dando-me o perdão de mim mesma!

Diovana Moreira
Enviado por Diovana Moreira em 26/05/2014
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