SEM SABER
Do canto da janela entreaberta,
Sentia no meu rosto, um cálido vento.
Estava em busca de um pouco de alento.
Seguia pensativa e ao mesmo tempo, alerta.
*
Pensava eu, que a morte acorrentava.
Mas essa minha premissa, não procede.
.Correntes terríveis, fazem a vida furtiva,
rápida, insuficiente e quem se despede?
*
Coração atribulado, machucado, fica calado.
No derradeiro dia que podia haver despedida.
Os sentimentos, pela dor são desrespeitado...
Pois doravante fazem parte do passado.
*
Pedras pontiagudas que feriam meus pés.
Meu chão deveras seco e rachado,
que parecia treinamento dos quartéis.
Querendo chegar, sem saber que já era chegado.
*
Licia Falcão Rodrigues da Silva.