CRUZ

CRUZ

Em meu caminho

carregando minha cruz,

eu sigo em frente

com olhos fixos na luz.

És Tu, Jesus,

que me ajudas a levar

ao meu Calvário,

para me penitenciar.

Deste-me exemplo, ó Grande Mestre,

no entanto, não consigo aprender.

Não tenho vocação para mártir,

para heroína, não sirvo pra modelo.

Virtude não se compra, nem se aluga,

acho que se nasce com.

Não se aprende na escola

e nem por convivência.

E como está pesada a minha cruz!

Se ao menos pudesse me lembrar,

de todo mal que devo ter praticado

noutras vidas, para um fardo tão pesado

ter agora para carregar...

A dor trespassa-me o ser e a alma.

Nos meus olhos afloram lágrimas

que ardem por dentro e por fora.

Será que não está na minha hora?

Meu Cristo, como está pesada a minha cruz!...

Do meu livro de poesias: BREVIÁRIO,

lançado em 1992.

Maria do Céo Corrêa
Enviado por Maria do Céo Corrêa em 24/05/2014
Reeditado em 29/05/2014
Código do texto: T4817931
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