Ilusões.

O mundo das Ilusões.

Esse poema foi pensado.

Imaginado numa praça.

Na cidade de Itapagipe.

Minas Gerais.

Olhava para as flores.

Do jardim daquela praça.

Pensava a realidade.

Do jardim.

É apenas uma ficção.

Ainda era seminarista.

Nada disso que estou vendo.

Tem existência real.

O que significa que a matéria.

É de fato a antimatéria.

Não podia dizer esse entendimento.

A ninguém.

Seria considerado.

Louco.

Teria que deixar o convento.

De são Vicente.

Mas a vida toda.

Essa imaginação.

Não me deixava em paz.

O que existe não existe.

A minha pessoa.

Seria também ilusão.

Posteriormente.

Surgiram outras ideias.

Magnificamente.

Foram elaboradas.

Muitas delas por mim.

A principal.

Tudo que existe.

Desenvolveu por um princípio.

Evolutivo.

De superação dos elos.

E que na curva da ascensão.

Historicamente.

Tudo o que existe ao nosso tempo.

Para chegar ser o que é.

Tiveram que superar.

Milhões de elos.

Qualquer espécie dos mamíferos.

Milhões de elos anteriores.

Deixaram de ser.

Com feito, cada espécie.

Desaparecerá.

Por mais de um caminho.

Evoluindo para outras formas.

Dos chamados elos evolutivos.

Superando o próprio estágio.

Então o atual estágio.

Do homo sapiens.

Fará o homo não ser.

Deixará o estágio que é.

Para ser outro elo.

Que poderá ser.

Outra espécie.

Ou desapareça pela exaustão.

Do seu DNA que não será mais.

Pelo caminho da evolução.

Reprodutiva.

Ou por outro caminho.

O homo transformará.

Em outro homo evolutivo.

Essa explicação tem lógica.

Empírica, portanto científica.

Antes de o homo ser o que é.

Existiu o último elo intermediário.

Que desencadeou no aparecimento.

Do homo e dos primatas.

Todos vieram de um elo comum.

Desse modo consecutivamente.

Essa lógica científica.

Atinge a todos os animais.

São que o são.

Porque o fenômeno da vida.

Na cadeia da evolução.

Na lógica do desenvolvimento.

Das espécies.

Faz tudo que é.

Deixar exatamente de ser.

Então o homo sapiens.

Em sua natureza.

Caminha essencialmente.

Para a mais absoluta extinção.

Essa lógica explicativa.

É o mecanismo.

Superativo de todas as formas.

De vida.

O que significa que tudo que existe.

Só existe para um dia.

Ser definitivamente superado.

Todas as formas de existência.

Por esse caminho.

Vão definitivamente acabar.

Restará tão somente a natureza.

Vazia existindo nela mesma.

Porque em um momento.

Todos os elos extinguirão.

O homem como principal elo.

Deixará de ser.

Como os bois.

Os porcos.

Os cavalos.

Os insetos.

A natureza ficará.

Exatamente vazia.

Mas se todas as coisas.

Existentes na natureza.

Acabarão.

Essa ideia estapafúrdia.

Do não ser da existência.

É exatamente a mesma ideia.

De todos os princípios.

Das realidades materiais.

O universo vai também morrer.

Tudo que existe.

Tem uma lógica da não existência.

Mas como então.

Os universos acabarão.

Outra ideia absurda.

Mas inteiramente lógica.

Os mundos paralelos.

Ficam brincando de acabar.

E renascendo das próprias cinzas.

Imagina trezentos trilhões de anos.

Pense o tempo nessa geometria.

Esse tempo imaginado é muito pouco.

A proporcionalidade dessa imaginação.

Comparativamente.

Em relação à história do tempo.

Para chegar ao atual presente.

O tempo pensado nessa fórmula.

Equivale a frações de segundos.

Em relação à existência do mesmo.

O que significa essa reflexão.

Proporcional à historicidade.

Da existência do tempo.

É muito pouco tal fundamento.

Em relação ao entendimento.

Dessa compreensão.

A conclusão que se chega.

O tempo não tem existência real.

O que existe é apenas o presente.

O passado realizou no presente.

Do mesmo modo o futuro.

Realizará no agora.

Não existe outro espaço.

A não ser o contínuo momento.

Então cinco bilhões de anos.

Seria o cálculo da existência.

Para o extermínio total da matéria.

O que restará.

Como as espécies vão exaurir.

Não sobrará nenhuma delas.

Para um dia fazer parte.

Da eternidade do presente.

As galáxias também morrerão.

Os universos paralelos.

Vão finalizar e voltar ao princípio.

Da causa inicial.

Mas como poderá ser explicado.

A morte dos diversos mundos.

A explicação é simples.

O hidrogênio do sol.

Como das demais estrelas.

Da nossa galáxia.

E de outras.

Vai acabar definitivamente.

Como acabarão todas as coisas.

O princípio que surgiu a matéria.

Fundamenta na explicação.

Da anticausa.

A origem de tudo não tem causa.

A incausabilidade.

Deu origem a formação da matéria.

Por essa razão.

Com o esgotamento.

De todas as realidades de luz.

Sol, estrelas e outras especificaçoes.

Terminadas.

Sem hidrogênio não é possível.

A vida dos próprios planetas.

Escurece o universo inteiro.

O congelamento é total.

Morto o universo.

Tudo recomeça na sua origem.

O universo todo congelado.

Inicia se a nova processualidade.

Completando todo espaço.

Cheio exatamente de gelo.

Novas revoluções químicas.

Bilhões de implosões de bigs bangs.

Desse modo recomeça o nascimento.

De novas constituições físicas.

Dos universos contínuos.

O que significa que tudo esgota.

Na própria natureza e morre.

O universo fica brincando.

Com ele mesmo de morrer.

E ressuscitando das suas cinzas.

As complexidades das vidas.

Dão-se também na mesma.

Na lógica de processualidade.

De existir e deixar a existência.

Os mundos morrem e nascem.

Quando o hidrogênio dos sóis.

Exaurir na dimensionalidade

Da realidade do nada.

E como posso então.

Acreditar nas realidades dos deuses.

Das vidas imortais.

Na existência das almas.

Só se fosse à minha essencialidade.

A mais exuberante produção.

Da cegueira do entendimento.

Deixo isso para as pessoas.

Que não tem compreensão.

Científica das lógicas das coisas.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 20/05/2014
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