"Bagunçado..."
" Instantes de perdição, perguntas sem fim,
que adiante dão respostas,
mas que no agora tanto faz,
tanto fez.
Desequilibrios e vertigens,
sentimentos soluveis, sensações,
incompreensões, e incertezas
naquilo que ja me tinha convicto;
sem razão, sem perdão,
estraçalhando minhas imagens até o fundo,
derrubando minhas estruturas,
me pondo em conflitos -
comigo e com meu coração.
Um café queimando a lingua;
uma noite mal dormida;
um copo de whiskey
e nem sei mais quem sou...
Eu caí diante dos meus proprios olhos,
uma queda livre e intensa;
não consigo mais dormir,
não consigo parar de pensar, de me procurar
- tentar me redefinir.
Estou bagunçado, caindo,
e não sei onde começou este inicio de fim;
talvez seja um daqueles extremos,
aquelas linhas tênues,
coisas que existem em você -
e em mim....
Talvez no fundo do poço encontre algo;
talvez seja no acaso;
talvez deva ser mesmo assim,
ou talvez devesse admitir que já não sei...
Seja lá o que for, como for,
sei que ainda devo existir em algum canto,
e que devo estar lá naquele ponto,
naquele abismo onde errei, cai de joelhos,
recomecei, e nunca mais fracassei.
Estou bagunçado, sem sono -
isto é cena de um novo inicio."