DOMÍNIO DE SI
(Ps/240)
Quando rasga-se o véu da inocência,
O cárcere tranca o espírito do homem.
A forma dissolve-se sobre si mesma,
Eleva-se na luz ao paraíso do inculto.
Na impenetrável consciência de Deus
Reserva e funde o amor aos proscritos,
Sem medo, sem angústia e manifestos
Liberta, conduz ao mérito circunscrito.
Solidão e medo, esgotam o equilíbrio
O tempo se acumula atrás de nós, flui.
No cortejo das lembranças cresce o brio,
Do belo e do cativo, memória usufrui.
Encruzilhadas a frente, faz-se escolhas
Em desejos e aventuras, culpas, não há.
Concentrar a vida e beber do seu néctar,
Saldo da condição humana, subsistência!