Ausência de Luz.
Ausência de Luz.
Acostumados a ver a luz.
Mas a luz é um cone.
Que se prende.
A distância do tempo.
Então vemos apenas as variáveis.
Das fantasias fluindo sem direção.
Mas que é o tempo a não ser a luz.
Seus reflexos.
Por imaginações indescritíveis.
São projeções sem sinais.
Que compõem a realidade indelével.
Vemos tão somente as possibilidades.
Perdemos em suas intermináveis.
Prorrogações.
Em que aparecem as ilusões.
A sombra de uma irrealidade.
Prescritas em escombros.
Cheios de Veleidades.
O homem não consegue abrir os olhos.
Com eles abertos.
Perde-se na imensidão da claridade.
Esse mundo é absolutamente.
Desnecessário.
A oportunidade de pensar a ausência.
A sua significação.
Fascinante a angustia do insignificado.
O absurdo da existência.
E a lógica significativa do nada.
O enxergar não depende do entendimento.
Apenas de uma complexidade de códigos.
Alguns completamente irracionais.
Sem razão comparativa.
A perda da dialética materialista.
O homem se atira serodiamente.
No mais absoluto abismo.
Sem terapia perde-se na sonolência.
No mais profundo silêncio.
Do antológico desespero.
A natureza exuberante da alienação.
A cegueira dos sonhos indesejados.
Edjar Dias de Vasconcelos.