Ausência de Luz.

Ausência de Luz.

Acostumados a ver a luz.

Mas a luz é um cone.

Que se prende.

A distância do tempo.

Então vemos apenas as variáveis.

Das fantasias fluindo sem direção.

Mas que é o tempo a não ser a luz.

Seus reflexos.

Por imaginações indescritíveis.

São projeções sem sinais.

Que compõem a realidade indelével.

Vemos tão somente as possibilidades.

Perdemos em suas intermináveis.

Prorrogações.

Em que aparecem as ilusões.

A sombra de uma irrealidade.

Prescritas em escombros.

Cheios de Veleidades.

O homem não consegue abrir os olhos.

Com eles abertos.

Perde-se na imensidão da claridade.

Esse mundo é absolutamente.

Desnecessário.

A oportunidade de pensar a ausência.

A sua significação.

Fascinante a angustia do insignificado.

O absurdo da existência.

E a lógica significativa do nada.

O enxergar não depende do entendimento.

Apenas de uma complexidade de códigos.

Alguns completamente irracionais.

Sem razão comparativa.

A perda da dialética materialista.

O homem se atira serodiamente.

No mais absoluto abismo.

Sem terapia perde-se na sonolência.

No mais profundo silêncio.

Do antológico desespero.

A natureza exuberante da alienação.

A cegueira dos sonhos indesejados.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 16/05/2014
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