A Borboleta azul

A borboleta voa, azul,

como um ser único e pulsante,

escondida nas palmas do céu.

Arde lentamente no fremir de suas asas

e nós, os personificados medos,

nós nos resignamos.

Claramente estamos aprisionados

nos vértices de nossos próprios

desejos: na Complexidade nossa.

Ora, divergente é uma Vereda que abriu-se

e não poder tangir o pedaço de terra

a separar montanhas à nossa frente.

Não temos asas fáceis,

temos braços, o ofício à espera,

temos traços de liquidez infinita,

moldando-nos a tudo

e tudo não nos molda reciprocamente.

Quanto renascer e quantos

argumentos nos falta as papilas

e ela...

a borboleta voa, azul,

como um ser único e pulsante,

escondida nas palmas do céu.

Heitor de Lima
Enviado por Heitor de Lima em 12/05/2014
Código do texto: T4803584
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