A Borboleta azul
A borboleta voa, azul,
como um ser único e pulsante,
escondida nas palmas do céu.
Arde lentamente no fremir de suas asas
e nós, os personificados medos,
nós nos resignamos.
Claramente estamos aprisionados
nos vértices de nossos próprios
desejos: na Complexidade nossa.
Ora, divergente é uma Vereda que abriu-se
e não poder tangir o pedaço de terra
a separar montanhas à nossa frente.
Não temos asas fáceis,
temos braços, o ofício à espera,
temos traços de liquidez infinita,
moldando-nos a tudo
e tudo não nos molda reciprocamente.
Quanto renascer e quantos
argumentos nos falta as papilas
e ela...
a borboleta voa, azul,
como um ser único e pulsante,
escondida nas palmas do céu.