A Prova da Não Existência do Ser.
A Prova da Não Existência do Ser.
Consultei todos os sábios.
Oráculos e cientistas.
De Delfos a Filosofia de Nietzsche.
Anos refletindo.
Com a finalidade de revelar.
Os grandes segredos.
O primeiro deles.
É que o universo e tudo.
Que contém nele mesmo.
Solto no infinito não tem existência.
Nada tem como existir.
O mundo é sua inexistência.
O conceito é uma ilusão.
O que existe é uma ficção da existência.
Que se torna real na linguagem e na dor.
O que somos é a representação do nada.
Na aparência do ser.
O que apresentamos a ser.
Nada além da inexistência.
Não existe deus.
Não existe céu e muitos o inferno.
Não temos almas.
Com efeito, não existe o pecado.
A única coisa que existe.
É o corpo e linguagem.
Entretanto, ambos não têm existências reais.
Então o que é o mundo.
A resposta é muito simples.
A ausência dele mesmo.
Vivemos a ausência na forma do engano.
O que sou a não ser a representação.
Do meu não ser.
A imaginação que imagino.
Estou aqui apenas para imaginar.
Quando pensamos as coisas erradamente.
Como se elas fossem coisas.
Tivessem a própria normalidade.
O mundo é uma ficção da sua lógica comum.
O delírio da vontade como se tudo fosse real.
Apegar-se a deus.
É como tentar segurar-se no vento.
Perdido em uma imensa tempestade.
O que é ela mesma a não ser sua ausência.
E o que é o tempo.
A indefinição do seu significado.
Não existe começo.
Porque tudo é apenas principialidade.
Como ser o não ser.
Na ausência da definição do ser.
Mas nos enganamos na dor.
Na ilusão da alegria e na tristeza do sofrimento.
Mas por que existir algo sem existência.
E o convencimento da não existência.
Como se tudo fosse real.
A imaginação do ser como realidade.
É a loucura da inexistência da razão.
Edjar Dias de Vasconcelos.