Dia de descanso

Um domingo triste

Angustia no ar

Caíram as folhas

Calaram-se os pássaros

Recolheram-se os cães

O presente passou para o passado

Fim dado, ultrapassado, também escuro.

Lá no passado um domingo como outro qualquer

Na véspera a diversão era o plano

Domingo de pesca, brincadeiras infindas.

E ele chegou escuro

Carrancudo e tudo acabou

Como esse infindo

Domingo quem o criou?

Não imaginou e não o fez para aqueles que não têm descanso, lazer e diversão.

Pensou em muitos, esqueceu-se dos poucos.

Este é o mundo daqueles que tem poucos domingos, e quando os tem

São escuros, tristes, angustiantes como este domingo.

Luiz Carlos Zanardo
Enviado por Luiz Carlos Zanardo em 11/05/2014
Reeditado em 09/10/2016
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