DO QUE SE PLANTA
Esse chão que nos encanta
Nos acolhe e nos satisfaz
Se ofendido, ou ferido for
Também pode ser
Extremamente sagaz...
Quem o mal disseminar
Em si mesmo padecerá
Por ser um ser tão desigual
Jamais terá para si
Um lugar ao alcance do sol...
Todo aquele tirano aloucado
Que por trás d’uma mesa esboça
Tudo que com a guerra condiz
Pagará por toda a maldade
Sob a sombra do próprio nariz...
Pois o solo que nos recompensa
Revelado de tamanho esplendor
Não acolhe nem mesmo sustenta
Nem se atrela a estirpe voraz...
Dessa terra a qual nos alenta
Só se pode colher
O que nela se planta
E se nela vivermos em paz
Sempre plantando o amor
Jamais ficaremos pra trás!
Autor: Valter Pio dos Santos
09/Mai/2014