Um pito na justiça

Chega mais tia justa, vamo levá um plá,

Papo sério sobre o que vejo, escuto;

Tua casinha sente falta de ti, o que há,

Estarás errante debaixo do viaduto?

Sei da culpa do Homo escapiens escroto,

Que te usa apenas em seu vasto tititi;

Te quer muito quando contra os outros,

Mas foge como o diabo quando contra si...

Quanta falta sentimos do teu firme traço,

Preto no branco, simples, sóbrio, sucinto;

Falhas se ante a urgência marcas passo,

Ou, linchas inocentes ao clarim do instinto...

Essa lenga que você tarda mas não falha,

No âmbito humano, só o tardar já é lapso;

Não há brasas debaixo de fogo de palha,

Nem justiça perfeita onde o prazo é relapso...

Chegues em tempo, até em cenários chiques,

Sempre fostes altiva, então, não tenhas donos;

Não tardes, nem apressada demais, fiques,

Enfim, sejas justa até mesmo com Cronos...