Sob a Sombra duma Árvore
Sob a sombra de uma árvore me
Esqueço do verso e reavivo
Memórias de tempos já idos,
Da infância leve e brincalhona,
Dos sorrisos adolescentes e
Dos cortejos, dos galanteios, das
Dores que fizeram meu coração partido.
Curioso é, e me faz pensar,
Que a sombra do corpo
Levou-me aos saberes da alma.
Vi-me inteiro nu, sem calma,
Despido das roupas da vilania,
Distante do pensamento elaborado;
Vi-me benquisto, maldito
Às vistas de mim mesmo!