Usucapir

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Nunca quis ser dono nem proprietário;

desejei apenas estar perto, ouvir lamentos.

Nunca quis que fosse utilidade nem erário;

busquei, tão-somente, compartilhar momentos.

O uso e o gozo não se bastam,

em razão da incompletude.

A dois, não há propriedade...

Nem desperdício nem usurpação;

existem exclusivos mundos,

que se cruzam e coabitam, sãos...

E que precisam, urgentemente,

da mútua descoberta de tudo.

Quer descobrir, revele-se!

Quer revelar-se, descubra-se no outro.

Por que sentir-se mal

por algo que foi tão bom?

Iguatu-CE, 7 de maio de 2014.

14h26min

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Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 07/05/2014
Reeditado em 07/05/2014
Código do texto: T4797733
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