Ser condenada ao silêncio
a inação.
a inexpressão.

Ser o enigma
desprovida de indícios 
ou certeza.

Deixar o silêncio
imantar os olhos.
Deixar o silêncio
infectar o medo
de ansiedade.

Silenciar-se
secar toda a semântica
possível.
Com gestos e fatos
que falam por si.

Mas falam silenciosamente
falam de solidão 
sólida e 
de lágrimas líquidas.
Falam de pensamentos em
nuvens e
chuva de palavras soltas em gotas.

Gotas essências
de verdades e mentiras.
De ilusões humanas e
efeitos mágicos.

Ficar em silêncio
flutuando no vácuo
pulando sobre reticências
essências fragmentárias
corruptelas
tarjas coladas em roupas, 
modos e perfumes.

Silenciosamente os
objetos se entreolham
e escolhem os sujeitos
como alvos.
GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 06/05/2014
Código do texto: T4796929
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