DECREPITAR FINITO

Do que era e é em minha era

Há algo relevante além de mim,

Fulcro perene do infinito?

Íntimo de si, somente de si, (em mim)

O ego afirma convicto:

- O despertar humano erigiu-te assim.

Predisposição insaciável ou rito

Acorrenta-me ao pelourinho do “eu”

Encarcerado no limbo do cotidiano conflito.

Iludo-me e acredito estar vivo

E vivo no espelho das memórias

Granjeando o fio condutor que já não fito

Quando o fim (do “eu”) irá libertar-me enfim

Desse perpétuo sêmen do viral congênito,

(Linhito de sonhos e paixões),

Das fúteis convicções entalhadas em granito?

Há algo relevante vindo para mim

Decompondo-me, decrepitar finito!

Manito O Nato

12/2013