Superficial

Um novo dia.

Os raios de sol no antigo vidro,

a profundidade que ignoro.

Superficial é o poema que recito.

Um novo dia, um amanhecer

a alvorada, os raios penetram na escuridão

a luz transparece o sangue

que pulsa e reflete

vermelho

em minhas pálpebras.

Uma tentativa.

Eu poderia assim chamar: tentativa

de compreender

de apaziguar

de tolerar

e de manter o amor vivo

nesses tempos de guerra.

Por convicção.

Transformo sentimentos

pura teimosia

inesgotável

o ego recria, enfeita e pinta

as ilusões.

Minhas ilusões

que tento deglutir de café da manhã.

Um novo dia...

Os raios de sol no vidro antigo...

O sol alto, penetrando nas horas.

Superficial é o poema...

Alecrim Cristal
Enviado por Alecrim Cristal em 29/04/2014
Reeditado em 29/04/2014
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