EM TEMPO DE SOLIDÃO PEGO NO VIOLÃO...

"Em tempo de solidão pego no violão...

Contemplo as campinas de uma tarde tão linda

Onde o corcel levanta nuvens de poeira no ar

Perto das montanhas abrasadas, onde o sol queimante a pino, inspira o deus menino.

Vou cantando no exílio da alma

Onde a passarada canta ao entardecer

Lembro do seus olhos negros vestidos de vermelho

A candura da mulher menina

Que eu quis amar.

Mas um forasteiro, com um fascínio desconhecido

Se fez passar por um príncipe

E estrugiu o coração da mulher

Tentei por amor tirá-la de tal cilada

Mas o infeliz já lhe havia humilhado no amor

Diante de tal vergonha o rosto moreno estampava a própria dor.

Não tenho marido dizia ela:

A palavra empalideceu o vigor de seus lábios.

Pobre morena!

Eu pra não deixá-la só, abotoei o paletó e entrei elegante na igreja.

Mas a coitada em desespero morreu de desventura.

Agora eu pego na viola e toco lembrando do meu amor..."

Escrito por Clemilza Maria Neves de Oliveira

Clemilza Maria
Enviado por Clemilza Maria em 24/04/2014
Código do texto: T4780885
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