DESEJO I

DESEJO I

Eu queria soprar com a boca da noite

A angélica trombeta da vida

E como um trovão eclodir

Uma mensagem de paz.

Eu queria ser o farol da lua cheia

E focalizar sob o teto da ignorância

O eterno passivismo humano!

Eu queria ser a pêndula do universo,

Que por mim saberiam,

Quando o mundo parasse!

Eu queria ser um girassol de campo

E acompanhar ativamente,

A infalível rotação da terra.

Eu queria tê-lo em mãos

O enjeitado “braeck” da vida,

Eu brecaria por instante

Para uma vasta reflexão.

E depois?

Talvez eu continuaria,

Se minguasse a revolta...

“A poesia está para o poema, assim como a adolescência está para a puberdade”

Samuel Alencar da Silva

salencar
Enviado por salencar em 24/04/2014
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