DESEJO I
DESEJO I
Eu queria soprar com a boca da noite
A angélica trombeta da vida
E como um trovão eclodir
Uma mensagem de paz.
Eu queria ser o farol da lua cheia
E focalizar sob o teto da ignorância
O eterno passivismo humano!
Eu queria ser a pêndula do universo,
Que por mim saberiam,
Quando o mundo parasse!
Eu queria ser um girassol de campo
E acompanhar ativamente,
A infalível rotação da terra.
Eu queria tê-lo em mãos
O enjeitado “braeck” da vida,
Eu brecaria por instante
Para uma vasta reflexão.
E depois?
Talvez eu continuaria,
Se minguasse a revolta...
“A poesia está para o poema, assim como a adolescência está para a puberdade”
Samuel Alencar da Silva