"TERRA LAVRADA"

Escrevo para não me desligar,

Das coisas que estão ao redor.

Quero que a única ausência,

Seja a tristeza que sei de cor.

Os horizontes vão e voltam,

Como sentinelas descrentes

Num quartel sem memórias.

E trazem o grito da revolta,

De muitos bravos inocentes,

Decadentes e sem história.

Quando a paisagem é amena,

Sinto que o viver vale a pena

E lanço o meu olhar em volta,

Do que sou e me pertence.

Sou uma estaca enterrada,

Em terra revolta e lavrada.

Mongiardim Saraiva
Enviado por Mongiardim Saraiva em 22/04/2014
Reeditado em 22/04/2014
Código do texto: T4779056
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