Ausência da Principialidade.
E etimologia da principialidade.
A respeito da natureza.
O que é mais admirável.
A sua lógica de funcionamento.
É indiferente a tudo e a todos.
Tanto faz.
Ser ou não ser.
A sua própria substância.
Ela é.
Sendo de qualquer modo.
Até quando deixa de ser.
É o que é.
A sua natureza.
O que sempre esteve em jogo.
É o seu próprio destino.
Que não consiste em ser.
O que ainda não poderá ser.
Tanto faz o passado.
Do mesmo modo.
O seu presente.
Nenhuma diferença.
Fará o seu futuro.
Porque o ser da natureza.
É apenas natural.
O homem para natureza.
Não tem valor substancial.
Como não tem o inseto.
A árvore ou a pedra.
Não tem.
Como o homem.
Acabar com a natureza.
Porque toda forma dela.
É ela mesma.
Não tem como ela não ser.
Tão somente ela mesma.
Qual é a duvida do homem.
Ser-se-á ou não eliminado.
Pela lógica evolutiva.
Tudo supera a si mesmo.
A lógica da evolução também.
Mas a natureza.
Jamais deixará de ser.
Como sempre foi.
Porque ela mesma.
Nunca teve princípio.
Meio ou fim.
Portanto.
Qual é razão da natureza.
Diria.
Não existe motivo.
Para ela ser o que é.
Mas sempre existiu.
Como produto da continuidade.
O fundamento.
Que nega seu início.
Portanto, nada teve começo.
Será desse modo.
O princípio da eternidade.
Mas existe algo.
Completamente irracional.
Delirantemente fascinante.
O que existe acaba.
Em seu modo de ser.
Tudo transforma.
Mudando a forma.
O homem é uma espécie.
Que um dia será extinta.
Pela lógica do ser evolutivo.
Do mesmo modo o sol.
Todos os sóis.
A queima total do hidrogênio.
Imagina o infinito.
Absolutamente escuro.
Nada sendo nada.
Então pense.
Como se o futuro fosse agora.
O que seria então a imaginação.
Apenas um delírio imaginativo.
Mas absolutamente verdadeiro.
A essência do nada constitutivo.
Perdido na imensidão das ausências.
Edjar Dias de Vasconcelos.