RATOS DE BORRACHA
Quantas vezes a impotência
Diante de alguma situação
De algum tipo de carência
Que parece não ter solução
Abala nossos sentidos
Congela nossas ações
E faz sentir-nos perdidos
Imersos em tais aflições
Se alguém que amamos se vai
Deixando-nos, sem nada dizer
Nosso orgulho balança e cai
E nem sabemos o que fazer
Se é uma doença terminal e sofrida
Também sobre alguém que amamos
Nossa alma se sente encolhida
Sofremos junto,nos desesperamos
E a impotência se faz mais sentida
Pois nenhuma saída encontramos
Quando nos falta o emprego
Ou que seja a moradia
Também morre nosso sossego
E leva junto a alegria
Dilui-se nossa vaidade
Ficamos pequeninhos
E acabamos na imobilidade
Ignorados e sozinhos
Todos poderemos ser algum dia
Tal qual ratos de borracha
Acima exemplos de certa valia
P’ra todo aquele que se “acha”