RATOS DE BORRACHA

Quantas vezes a impotência

Diante de alguma situação

De algum tipo de carência

Que parece não ter solução

Abala nossos sentidos

Congela nossas ações

E faz sentir-nos perdidos

Imersos em tais aflições

Se alguém que amamos se vai

Deixando-nos, sem nada dizer

Nosso orgulho balança e cai

E nem sabemos o que fazer

Se é uma doença terminal e sofrida

Também sobre alguém que amamos

Nossa alma se sente encolhida

Sofremos junto,nos desesperamos

E a impotência se faz mais sentida

Pois nenhuma saída encontramos

Quando nos falta o emprego

Ou que seja a moradia

Também morre nosso sossego

E leva junto a alegria

Dilui-se nossa vaidade

Ficamos pequeninhos

E acabamos na imobilidade

Ignorados e sozinhos

Todos poderemos ser algum dia

Tal qual ratos de borracha

Acima exemplos de certa valia

P’ra todo aquele que se “acha”

Jogon Santos
Enviado por Jogon Santos em 21/04/2014
Reeditado em 07/11/2014
Código do texto: T4777155
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