O Assassinato de Platão.

O Assassinato de Platão.

Foi uma brincadeira platônica.

Com os bárbaros.

Que estabeleceram a democracia.

Na cidade histórica de Atenas.

Diante do Supremo Tribunal.

Um filósofo aristocrata.

Teve que se defender.

Pois ser contrário às novas leis.

Estabelecidas pelo povo dório.

Quando pela primeira vez dividiu.

O corpo em duas realidades.

Material e espiritual.

Evidente que Platão fora genial.

Em sua loucura filosófica.

Desejava estabelecer o domínio.

Político.

Pela justificativa cultural.

Não teria como explicar.

A ignorância dos bárbaros.

A não ser por uma metáfora metafísica.

O que deixou posteriormente Aristóteles.

Profundamente escandalizado.

Platão disse existir um lugar especial.

Perfeito.

Onde ficam as almas.

Espécie de um paraíso.

Sendo que muitas dessas almas.

Cheias da sabedoria dos deuses.

Voltavam a terra para ajudar.

As pessoas aperfeiçoarem o mundo.

Para retornar ao paraíso permitido.

E que, portanto, a genialidade das pessoas.

Particularmente dos filósofos.

Eles só eram gênios.

Porque suas almas eram a incorporação.

Dos espíritos perfeitos do referido paraíso.

Com efeito, a governabilidade.

Das Cidades Estados.

Era de direito.

Apenas dos filósofos.

O poder político.

Ele sabia que tudo isso.

Na realidade não era verdadeiro.

Ele queria de certo modo mostrar.

Que a Filosofia é divina.

Não poderia ser questionada.

Pelo homem comum.

Mas Platão sabia que tudo isso.

Era loucura.

Quando falava e explicitava no Tribunal.

Ele ria por dentro.

Pensava.

Como esse povo é idiota.

Acreditar nessas coisas indo-europeias.

Platão foi na verdade ateu.

Mas incorporou a teoria das reminiscências.

Como uso político para si próprio.

Ainda fez uso do velho Sócrates.

Então o corpo.

Foi dividido entre duas realidades.

Alma e corpo.

Vários outros filósofos.

Com interesses religiosos.

Copiaram o modelo de Platão.

Na Idade Antiga.

Na Patrística.

Santo Agostinho teve o mesmo procedimento.

Com a finalidade de justificar a ressurreição.

Posteriormente o espiritismo.

Seguiu o mesmo caminho.

Com a finalidade de defender a reencarnação.

Copiaram a mentira inventada por Platão.

Aristóteles tentou destruir seu mestre.

Até conseguiu.

Entretanto, Averrois com o propósito de encontrar.

Fundamento para islamismo.

Replatonizou Aristóteles.

O Aristóteles replatonizado chegou.

A Tomás de Aquino.

Cujo objetivo foi criar a Escolástica.

O homem de Santo Agostinho.

Salvava apenas o espírito e não o corpo.

Existe outro fato relevante.

Para entender a história platônica.

Da criação da alma.

Os povos judeus.

Não foram influenciados.

Pela cultura indo europeia.

Tanto quanto aos gregos.

Criaram a sua própria tradição.

A respeito da alma.

Associado a uma mesma realidade.

A alma não era separada do corpo.

Portanto, a ressurreição realizada.

Pela cultura judaica.

Era a ressurreição da carne.

Não aceitava a reencarnação.

Por ser fruto de mentalidade egípcia.

A tradição judaica através dos textos sagrados.

Passou para a Teologia católica.

Santo Agostinho desconhecia a tradição de Israel.

Quando a Igreja percebeu.

Que a ressurreição do espírito era paganismo.

Porque o cristianismo fundamentava-se.

Na ressurreição da carne.

Então à aplicação platônica na Teologia.

Seria a defesa do ateísmo.

Foi quando Tomas de Aquino.

Construiu sua exegese teológica.

Não seria salva apenas a alma.

Mas a alma e o corpo.

De acordo com o que Jesus ensinara.

Seguindo as suas tradições.

A grande questão.

Que o fundamento tomista era aristotélico.

O verdadeiro Aristóteles tinha sido destruído.

Pelo grande filósofo Averrois.

Com efeito, a Igreja teve que adotar.

Uma exegese materialista.

Salva se o corpo e a alma.

Todavia, em plena escolástica.

A mentalidade era agostiniana.

E quem pensasse diferente.

Seria sapecado na fogueira da inquisição.

O grande gênio descartes.

Percebeu o erro.

Desejava reformular a Filosofia.

Em benefício do iluminismo.

Mas se separasse a alma do corpo.

Seria, com efeito, condenado a morte.

Quando viu seu amigo Giordano Bruno.

Sendo queimado pela inquisição.

Para se livrar do peso da fogueira.

E não ver sua carne derretida pela lenha.

Reformulou o iluminismo.

Deixando prevalecer o velho erro.

Da patrística agostiniana.

Só com estabelecimento do Estado Moderno.

Após a Revolução Industrial.

Na segunda fase da Revolução.

Com a Filosofia política liberal.

E implantação da mesma.

Como método empírico.

A alma como conceito etimológico da razão.

Foi definitivamente incorporada ao corpo.

Como realidade cósmica.

Possibilitando, uma revolução cientifica.

Em todos os campos.

Da Psicanálise a Biologia da Evolução.

Do Átomo a Teoria Quântica

Mas o ateísmo foi estabelecido.

Deus foi morto.

Platão assassinado.

Do mesmo modo seus seguidores.

Sendo dessa forma.

Foi o materialismo histórico.

Formulado pela Filosofia de Marx.

Pelo seu método dialético.

Que possibilitou o desenvolvimento.

Cientifico moderno.

Porém eliminou definitivamente.

Com a Filosofia idealista.

E toda a posterioridade incluindo Descartes.

Com efeito, Marx é muito maior.

A sua Filosofia política.

O que significa negar a compreensão

Da Globalidade do seu pensamento.

Seria o mesmo como se fizesse uma opção.

Pelo mundo da cegueira platônica.

Jamais poderia entender a contemporaneidade.

E o futuro que dela desencadeará.

Como a perspectiva do empirismo lógico.

Autor: Edjar Dias de Vasconcelos

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 20/04/2014
Reeditado em 22/08/2014
Código do texto: T4775757
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