Entendimento de uma Metáfora.
Se você pudesse entender.
Tudo seria.
Exuberantemente.
Diferente.
Se tivesse a sorte de ser.
Se você pudesse entender.
Bastaria ter nascido.
O mundo modificaria.
Se tivesse existido.
O mundo seria magnífico.
Veneráveis suas definições.
Mas você não nasceu.
Motivo pelo qual o mundo.
É exatamente um lixo.
Respectivamente social.
Se tivesse nascido.
Revelaria.
Apenas um dos vinte um.
Dos grandes segredos.
Se fosse revelado ao mundo.
Você morreria de medo.
Mas o mundo seria diferente.
Você provavelmente.
Não seria gente.
Seria uma placa de átomo.
Implacável.
Solitariamente.
Perdida no universo.
Porque a lei gravitacional.
Não aceitaria a vossa aproximação.
O mundo está cheio de gente.
Igual a você.
Que não serve.
Absolutamente a nada.
A não ser para comer.
À custa dos operários.
Mas você não nasceu.
Se pudesse transmitir ao mundo.
A percepção peremptoriamente.
Correta.
Bastariam outras pessoas.
Perceberem a vossa insignificância.
Você seria o nada.
Como sempre foi.
A constitucionalidade da vossa essência.
Mas você não percebe.
Do quem estou falando.
Não exatamente da vossa pessoa.
Mas de uma coletividade.
O mundo não é composto apenas.
Da vossa pessoa.
Que sequer teve existência.
Aqui existem seus seguidores.
Se tivesse a predestinação.
Transmitiria exatamente pela intuição.
E avisaria ao mundo que você é um vigarista.
Imbecil.
Metido ao mundo político.
Sou obrigado a falar exatamente.
Metaforicamente.
Então, falo exatamente para você.
Mas não é exatamente para vossa pessoa.
Que estou manifestando o vosso nada.
Como não é fácil comunicar a verdade.
Mas sabe o que você significa.
Ao mundo praxiologicamente.
Uma mitomania não perceptível.
Analogicamente.
A um grande rio do Centro Oeste.
Então em um belo barco de pescaria.
É o que fundo do barco estava furado.
Você com seus amigos entraram no barco.
Dirigiram em direção ao grande rio.
Gritei do outro lado.
Por favor, não saem desse barco.
Entenderam pelo contrário o silêncio.
Correram em direção à outra margem.
Foi infrutífero soluço.
Vocês foram cegos.
Não tiveram ouvidos.
Não souberam falar.
Muito menos tiveram sentimentos.
Mas desejam guiar o barco.
Ele implodiu
Todos desapareceram ao fundo do rio.
Mas louvaram com alegria.
Aquele que furou o barco.
Para vocês morrerem afogados.
Esse você a quem refiro e reflito.
A respeito da vossa pessoa.
São as pessoas mortas no rio.
É muito tarde.
Teria que ter existido.
Difundido a minha percepção.
Mas também infelizmente.
Deixei de ser.
Antes de ser.
O motivo pelo qual escrevo.
Metaforicamente.
Sei que a vossa existência.
Constituiu-se em uma grande perdição.
Sendo que não existo.
As coisas não mais serão.
Apenas o nada.
Quem fez o seu modo de ser.
Incrivelmente idiota.
Igual a uma mula comendo.
Pastagem.
Uma coletividade delas.
Soltas por ai.
Passam debaixo das cercas de arames.
O que posso fazer.
Quando você é tudo isso.
Mas você não é.
De quem estou falando.
Se soubesse os reais segredos.
Subiria em uma árvore.
Atiraria no chão e se mataria.
Então ele de quem realmente falo.
Colocaria os demais amigos seus.
Em um grande galinheiro.
Engordariam e comeria.
Esse é o verdadeiro motivo.
De não revelar os segredos.
Não desejo ver todos vocês.
Sendo pastos de lobos.
Mas não revelando os segredos.
Os lobos comerão um por um.
Um pouco mais lentamente.
Essa é única razão para não revelar.
Os vinte um segredos pensados.
Edjar Dias de Vasconcelos