Já somos o nada de um fim
Gabriel & Jesus
Quando um escritor morre o mundo fica mais pequeno
Solitário como o vazio de um coração e perdido no meio de uma multidão
Sem entender, continuamos caminhando
Enquanto a porta se fecha e perdemos!
Para uma geração acostumada a novos ídolos a cada segundo
Produtos escolhidos a dedo para trilhar o sucesso
A morte de um escritor com princípios, defeitos, e coragem, nada significa
Para eles hoje é um dia comum como todos os dias.
Hoje é o dia das lembranças do sofrimento de Cristo
E a noite onde o corpo já inerte do escritor descansa
Um salvou a humanidade!
O outro a decifrou!
Na sua tentativa de conviver no meio dos humanos imperfeitos, e não em um céu
E lá sabemos se existe de fato um céu?
A maioria acredita que sim
Mesmo destruindo o único paraíso
Onde aprendeu a andar, amar, sofrer, chorar,
Fazer sorrir, ser de fato alguém
Com tudo isso na sua frente, soube ser ainda a pior espécie a habitar a terra
Promovendo atrocidades e sua destruição que caminha a passos largos
Seja nas suas invenções ou na desordem já provocada e irreversível.
Chegamos ao tempo onde não existem mais falas coerentes
Onde se precisa definir qual seu grupo
Onde ideologias estão mortas!
Onde tudo esta morto!
Chegamos ao tempo onde não se pode mais ser humano sem ter motivos
E justamente nesta era evolutiva da tecnologia, somos os seres mais burros!
Com o Cristo do passado e lembrado como um ritual, não aprendemos a amar
Nossos gestos dizem isso!
A cada segundo eles ratificam o quanto a morte do filho de Deus foi em vão
Ele morreu por uma humanidade que escolheu ser ruim, e luta para acabar com seu igual
Na sua ganância mata, nas suas palavras mata, na sua ignorância se mata a si próprio
Mata a todos nós!
Se essa tal eternidade existir, do que vale uma eternidade para quem não soube aproveitar alguns anos?
E quando aqui esteve soube ser a repetição dos erros dos outros
Sim somos os erros e mais culpados!
Deveríamos ser e ter a capacidade de não errar tanto, principalmente com o próximo.
Mas estamos seguindo corretamente nossa essência
Sendo aquilo do qual somos perfeitos, indiferentes!
Quando um escritor morre
E glorificamos um morto sem nunca entender suas pregações de vida
Já somos o nada de um fim.