As Transitoriedades dos tempos inacabados.

As Transitoriedades dos tempos inacabados.

Confesso epistemologicamente.

A linguagem.

É o vício de todos os males.

Sem a mesma não existiria.

Vícios e muito menos mal.

O mundo seria tão somente.

O instinto o que poderia ser.

Exatamente a normalidade.

Com efeito, a linguagem.

São os vícios.

Mas ao mesmo tempo.

A solução dos enigmas.

Criados por ela mesma.

Soluciona alguns.

E criam-se outros.

Não solucionáveis.

Tudo porque o homem.

Na sua essência imaginativa.

Ele não tem ideias.

As ideias têm os homens.

Comandam os vossos corpos.

Os corpos servem para serem.

Suporte dos mundos ideológicos.

O mundo cerebral.

Funciona por meios de neurônios.

São sistemas fechados.

Até mesmo quando são abertos.

Dificilmente alguma lógica.

Cerebral muda.

O homem é seu sistema intelectivo.

Suas formas de cognição.

A inteligência evolui ou resigna.

Exatamente nesse mecanismo.

Somos o que pensamos.

E pensamos quase sempre.

É a inverdade dos fatos.

Da natureza do saber.

Achamos que pensamos o real.

Mas refletimos a realidade.

Essencialmente invertida.

O pensamento.

É a mais fantástica ilusão.

Tudo que pensamos.

É a representação.

Da natureza do não ser.

A verdade é na realidade.

A mais exuberante mentira.

Mas o homem vive da inverdade.

Por ser a verdade dos fatos.

Apenas uma insolúvel demolição.

O homem vê o mundo.

Entende o mesmo.

Mas o que é visto.

Não é de fato o mundo.

É uma relação complexa.

Da inversão dele.

Então?

Naturalmente não compreendemos.

A essência da sua natureza.

Mas ele não tem fundamento.

Muito menos lógica natural.

O que é o nosso entendimento.

Naturalmente nada?

Na verdade é interessante.

A nossa cegueira.

A mudança do mundo.

Acontece pelo mundo.

Lento e intemporal.

Como ele sempre foi e será.

Os fatos são alheios.

A nossa vontade.

Até mesmo as ações.

Das nossas ideologias.

O melhor mesmo é a compreensão.

Que devemos viver o mundo.

Não sendo dele, muito menos nosso.

Na veemência da ignorância.

Os sonhos.

As utopias humanas.

Até mesmo a lentidão cognitiva.

As contemplações.

Das nossas representações.

São as eternidades frustradas.

Das transitoriedades inacabadas.

A cada tempo histórico iludido.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 18/04/2014
Código do texto: T4773188
Classificação de conteúdo: seguro