SINOS E SINAIS
Sinais, que olhos não os espreitam?
Sinos, que ouvidos ainda os rejeitam?
Habitam por detrás das telas deste mundo,
desempregados da fé, desejos ocultos.
Quem viu os pais que se foram pelas mãos dos próprios filhos?
Ou então, os filhos deixados por seus pais nas latas dos lixos?
Aliciados pelo próprio sangue estão sendo os filhos desta pátria.
E reluto para admitir que toda a “Bola Azul” adotou tal prática.
Sinais, que olhos não os espreitam?
Sinos, que ouvidos ainda os rejeitam?
Do dito de qual é qual e de quem imita quem,
se é vida, se é a arte, da mente vem o mal e o bem.
Que “Faixa” é essa, que não cessa o sangue e cospe o seu fogo?
E essas “cortinas de fumaça”, aqui, ali, acolá, e o tempo todo?
A “tarja preta” aumenta e ainda assim sugerem não ter crises?
O “ouro preto” que enche milhões de barris será que progride?
Sinais, que olhos não os espreitam?
Sinos, que ouvidos ainda os rejeitam?
Vou fazer como disse meu Pai.
Olhar a natureza e observar os sinais.
Vem algo nascendo, está a gemer e acho que é a mãe Terra.
Mãe de homens que falam de paz, mas no coração tem guerra.
Mas, ainda tem muita gente amada, nesta nem sempre tão gentil.
Povo humilde que batalha, que ainda ama, cujo ofício não é vil.