A Exuberância da Destinação.

A Exuberância da Destinação.

Se existir o céu prometido.

Como uma linda flor.

Presa solitariamente ao deserto.

Igual à alma solta.

Ao infinito indefinidamente.

Aberto.

Surrando as agruras do silêncio.

Pressentindo a ausência do tempo.

A perfeição.

Tamanha figuração.

Da vossa inefável lenda.

Indescritível sua etimologia.

Qual sábio aceitaria a ressurreição.

Compreendendo as leis da genética.

A promessa parasitária.

De um indelével mundo.

Imaginativo.

Sobreposto à lógica racional.

O que devo dizer a essas figurações.

Os princípios metafísicos.

Idiossincráticos.

O que é melhor mesmo.

Derreter silenciosamente.

Aos átomos naturais.

Epicuriano.

Deixar que a replicação.

Cumpre na eternidade do tempo.

O seu papel exuberantemente.

Apenas químico.

E que a natureza reproduza.

A sua eternidade.

Que todos voltem.

Ao absoluto particular.

Como as flores restabelecem.

O significado do campo.

Livrando-se do imenso vazio.

A etimologia.

Do insuportável tédio.

Como se tudo fosse.

Exatamente as mesmas coisas.

Aos delírios de um poema.

Essencialmente mal escrito.

Elaborado numa noite de verão.

Protegido pelas nuanças.

Da madrugada.

A um velho poeta.

Que procura entender.

Os seus significados.

Tão somente pela luz.

Do hidrogênio produzido.

Pelas as estrelas.

Soltas seletamente.

Infinitamente sem definição.

As regras do destino comum.

Leva-nos ao desejo intuitivo.

O que pode ser descrito.

O que não deve ser entendível.

As dores do saber.

A melancolia da ignorância.

Predestina-se a distância.

Do tempo que se perdeu.

Na solidão da escuridão.

Das sonolências do presente.

Ínclito a indutância sapiencial.

Dos tempos sonoros a musicalidade.

Ferida mimeticamente.

Pela vulnerabilidade da inocência.

De tempos contemporâneos.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 15/04/2014
Código do texto: T4769691
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